1. |
Silêncio lugar
03:07
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O silêncio do meu lugar é pedra
é dor é sublime é cor
é um filme amor,
é vela
o silêncio que me envolve é treva
é chuva calor é curva
o que for,
é terra
o silêncio que me ilumina espera
distância é força
cansa pavor é dança,
é légua
o silêncio que eu escuto é tela
habita criança é tinta
finita suor,
é queda
o silêncio que me engrandece é prata
é atravessar é pouco
opor é par,
é outra
De onde vem a febre que te diz: vem e canta?
Abrir as janelas do ócio ela diz, pra contemplar o tempo.
Ela diz, esta voz, sem nem ter o que dizer.
Ela canta, eu canto, ela dança, eu danço.
Ela diz, esta voz:
Os ossos precisam vibrar
As mentes precisam vibrar
A voz precisa vibrar
O silencio pode vibrar
Não é tua esta voz, só tua
É do tempo que passa, que vem e que vai e transpassa
Abrir as janelas do ócio, ela diz, pra contemplar o tempo
De onde vem a febre que te diz: vem e canta?
(bel_medula e Luciano Zanatta)
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2. |
Pança cheia
02:53
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Esperar o próximo corpo
ser dado em sacrifício
Matar a fome com
a carne sangrenta do bicho
Sestear de pança cheia
E ao final
voltar pro inicio
Sobre os julgamentos sem provas.
Sobre as execuções via redes sociais.
Sobre as certezas intransponíveis.
Sobre a morte.
Sobre o eterno retorno.
(bel_medula e Luciano Zanatta)
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belmedula / Isabel Nogueira Porto Alegre, Brazil
Sonic-rituals. Composer-performer. Voice, synths, lofi, beats and field recording in songs and experimental music. Based in Brazil.
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